terça-feira, 26 de julho de 2011

A melhor Marcha


             Parece quase extemporâneo o assunto, já que as duas maiores marchas que temos no país ocorreram há cerca de um mês e muitos artigos sobre o tema já foram publicados. Mas, devido às polêmicas sobre as mesmas e sobre a inusitada e controversa decisão do STF de liberar a famigerada marcha da maconha, o tema ainda é digno das nossas letras e do caro tempo na mídia.
            Como já demonstrei neste espaço deste nobre jornal sou a favor das liberdades e dos direitos. Mas, também prezo muito pela justiça, respeito, bom senso, moral e ética. Por isso sou contra liberdades e direitos extremistas principalmente por que liberdade de mais para uns significa liberdade de menos para outros e o “meu direito termina onde começa o de outrem”. E com respeito às marchas e passeatas das mais diversas categorias e reivindicações, defendo que a Marcha para Jesus é a mais abrangente e benéfica a todos. Não quero ousar dizer que as outras são egoístas, mas no mínimo individualistas na medida de que buscam seus próprios interesses, embora isto seja justo.
            A Marcha para Jesus não é em defesa dos protestantes, de uma religião ou de uma denominação eclesiástica. É um chamado, uma reivindicação para que a sociedade olhe, busque conhecer e disponha o coração a Jesus. Não busca interesses de uma categoria ou grupo, mas o bem de todos, o amor, o perdão e a salvação do homem, pois esta é a mensagem, vida e obra de Cristo. Supera até mesmo a Caminha da Fraternidade promovida pela Igreja Católica, pois esta tem ênfase maior na ajuda aos mais necessitados. Mas, aquela vem oferecer algo especial para todos.
             A referida marcha visa promover o nome que não é uma alternativa, mas a solução para os problemas deste mundo inserido num caos criado pelas atitudes humanas. Basta citar a atual crise européia nos países considerados símbolos de conhecimento e prosperidade e que agora sucumbem devido à irresponsabilidade fiscal e no orçamento público. Erros que qualquer camelô poderia ensiná-los a não cometer.
            Certa vez Barack Obama ao discursar em uma Igreja Evangélica afirmou, entre outras tolices, que o Sermão do Monte é tão radical que o Departamento de Defesa dos EUA não sobreviveria à sua aplicação. Ele infelizmente não consegue entender que se a nação dele se dispusesse a viver as Palavras de Cristo não precisariam de um Departamento de Defesa. Isto pouparia os bilhões de dólares que eles gastam em guerras e este deixaria de parecer um Departamento de Ataque. A escolha de Obama e seus antecessores pelas armas não têm conseguido oferecer a paz e a segurança que tanto buscam.
            O Doutor em teologia Josué Yrion, brasileiro e atualmente Pastor nos Estados Unidos, foi convidado para pregar no Congresso Nacional de Pastores do Chile em 1996 chegando a receber dos senadores e do presidente a medalha do congresso e uma placa de prata de visita ilustre da nação. Durante a ministração no estádio ele pede ao cinegrafista que filme o nome Jesus num letreiro e declara: “Não me filme. Filme a esse nome que é a solução para o Chile”.
Que haja mais caminhadas, passeatas e panfletagens pelo nome de Jesus. Se todos vivessem o que Ele ensinou não precisaríamos de tantos protestos e reivindicações. Proclamar Jesus Cristo não é defender causa própria, é defender o melhor para todos.
           
                                                Artigo escrito por André Falcão Ferreira
                                              e publicado no Jornal O Dia em 24 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que Jesus escreveu na areia?



            A Bíblia relata que certa vez os escribas e fariseus levaram até Jesus uma mulher apanhada no próprio ato de adultério. Queriam eles testá-lo e o fizeram quando lhe perguntaram qual seria sua sentença, já que a lei de Moisés, para o caso, ordenava o apedrejamento. “Mas Jesus inclinando-se escrevia com o dedo na terra”. (Jo 8.6)
            Talvez estivesse desenhando a cruz que carregaria por amor à humanidade. Quem sabe escrevia um salmo de adoração a Deus. Ou talvez escrevendo a própria sentença que viria a proferir: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8.7). Sentença de liberdade, devo acrescentar, já que seus acusadores saíram um a um.
            Não há nenhuma linha da Palavra de Deus que tenha sido escrito por Deus Pai ou por Jesus. Apenas os 10 mandamentos cravados nas tábuas pelo próprio Jeová. Ainda assim, estes passaram das tábuas para a Bíblia pelas mãos do homem. Apesar disso, o próprio Jesus fez questão de testificar do Evangelho e ordenar que ele fosse pregado. Em Mt 26, uma mulher aproximou-se de Jesus “com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa”.  E Ele, aprovando a atitude da mulher, disse: “em toda parte onde for pregado este Evangelho pelo mundo inteiro, será contado em sua memória o que ela fez”.  A grande comissão em Mc 16.15 é clara e imperativa: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” 
             Combinado à pregação do Evangelho e para que este produza frutos, Jesus aconselha ouvi-lo e praticá-lo: Aquele que ouve as minhas palavras e as pratica é semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada sobre a rocha”. São dois verbos simples, mas fundamentais. Não podemos escolher apenas um. Da mesma forma que não podemos seguir apenas uma parte das palavras do Divino Mestre. Num país onde a maioria se diz cristão como o nosso, se perguntarmos: quem ama Jesus? Todos levantarão a mãos. Entretanto, se perguntarmos: quem procura conhecer cada dia mais as suas palavras? Apenas poucos levantarão. E quem as pratica? Menos ainda, já que muitos sequer as conhecem bem. O próprio Mestre afirmou: “Se guardardes os meu mandamentos, sereis constantes no meu amor” (Jo 15.10). E “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando” (Jo 15.14).
            Há ainda a parábola do semeador em Mateus 13 onde as sementes foram lançadas em vários solos inclusive no meio do caminho. Mas só deram bons frutos quando foram lançadas em boa e frutífera terra chegando a darem cento por um. As sementes são as palavras de Jesus e a terra somos nós. E a produção de frutos depende da terra. A última situação é aquela que todos devemos representar: a boa terra que produz bons e muitos frutos. A única forma de ser essa boa terra é ouvindo e praticando a Divina Palavra.
            O que Jesus escreveu na areia naquela ocasião não é muito importante e com certeza o vento e os pés que ali passaram apagaram. Quando formos morar com Ele saberemos. Mas, para que possamos ir morar com Ele é imprescindível pregar, ouvir e principalmente praticar as Suas palavras. Não podemos dizer que amamos a Jesus se não damos ouvidos a Ele e muito menos se não O obedecemos. Antes, devemos escrevê-las, não em areia, mas no nosso coração como o salmista diz: “Escondi a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” (Sl 119.11)

                                                                         
                                                                        Por André Falcão Ferreira