segunda-feira, 20 de junho de 2016

A maior expressão de amor às mulheres

 
Todo dia é dia da mulher, mas no dia 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher em vários países. No Brasil, o mês de março inteiro é dedicado a elas.
O desejo do homem de agradar e reconhecer a importância da mulher é tão antigo quanto a sua própria história. Incontáveis eventos, músicas, livros e filmes já foram feitos com a intenção de homenageá-las.
No século XVII, o imperador da Índia, Shah Jahan, construiu um suntuoso mausoléu em homenagem à sua amada esposa que faleceu após dar à luz o seu 14º filho. O monumento recebeu o nome de Taj Mahal e atualmente é considerado uma das “maravilhas do mundo”. A obra levou 20 anos para ser construída e utilizou a força de cerca de 20 mil homens. Nela foram feitos jardins que somam mais de 320 metros de cumprimento. A sua cúpula é costurada com fios de ouro e algumas paredes são incrustadas com pedras semipreciosas.
Muito longe de ser machista ou feminista, a Palavra de Deus expressa mais honra e respeito às mulheres do que qualquer ser humano já conseguiu fazer.
Foi Eva quem primeiro comeu do fruto proibido cometendo pecado contra Deus. Entretanto, todas as vezes em que as Sagradas Escrituras se referem ao pecado original, a culpa é integralmente tributada a Adão. Isso não significa que Eva seja isenta do pecado, mas mostra, dentre outras coisas, o cuidado de Deus em protegê-la, ao cobrar a responsabilidade do líder Adão. Se a Bíblia inferiorizasse a mulher, como alguns reverberam por aí, a mulher seria execrada por isso.
Em nenhum momento a Bíblia mostra algum dos servos de Deus agredindo a sua própria mulher. Antes, vemos os maridos respeitando; seguindo os conselhos da esposa, como no caso de Abraão, que tomou Agar por mulher depois do conselho de sua esposa Sara. Vemos exemplos de esposos sendo carinhosos, como no caso de Isaque e Receba em Gênesis 26:8; e observamos homenagens por escrito, como fez Salomão à sua amada no livro de Cantares.
É ainda mais interessante o fato de que foi à mulher a quem Deus reservou o privilégio de conceber, carregar no ventre e dar à luz ao salvador da humanidade. Maria, igual a todos os homens, é pecadora e carente da salvação como ela mesmo declara em Lucas 1:46-47, porém teve uma oportunidade incomparável.
No capítulo 5 do livro de Efésios é estabelecida a mais perfeita forma tratamento do marido para com a mulher. Nos versículos 22 a 25 é dito que a mulher deve se sujeitar ao seu marido. Contudo, também é feita uma ressalva de que essa sujeição deve ser igual à sujeição da Igreja a Cristo. E logo em seguida vem algo ainda mais profundo: a Bíblia ordena ao marido que ame a sua mulher como Cristo amou a igreja. Nenhum livro, música ou filme foi capaz de expressar uma forma tão perfeita de amor.  O amor de Cristo para com a Igreja é a maior expressão de amor que já existiu. Cristo entregou a sua vida por ela. E a Bíblia diz aos homens que amem suas esposas do mesmo modo.
Há ainda tantos outros aspectos que poderiam ser destacados sobre o perfeito tratamento que Bíblia dá às mulheres, como o perdão que Jesus concedeu à mulher adúltera e a aparição do Cristo ressurreto primeiramente às mulheres. Para Deus, o homem e a mulher têm a mesma importância, mas papéis diferentes. Jesus morreu na Cruz pelos dois. Cabe aos homens (e até mesmo às mulheres) valorizar essa joia tão preciosa cujo coração tem a nobre capacidade de preferir uma simples rosa dada em sinceridade do que suntuosos monumentos. 

Artigo por escrito por André Falcão Ferreira
e publicado no Jornal O DIA de Teresina-PI, em 28/03/2016

Foto extraída do site adcidade.org

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Extremistas são os que perseguem os evangélicos



Recentemente, uma revista nacional publicou com destaque uma matéria capciosa e desacertada sobre o que ela denomina “extremismo evangélico”.
Logo no início, na ânsia de mostrar a qualquer custo um caso que possa ser insinuado como radicalismo, é mencionado um episódio protagonizado por Lucinho Barreto, um jovem pastor da Igreja Batista Lagoinha. É de bom alvitre ressaltar que Lucinho Barreto não tem a menor expressividade. Ademais, no caso em questão o pastor, simplesmente reuniu alguns adolescentes para evangelizar numa festa de umbanda em praça pública, sendo que ele mesmo pediu que fosse “sem tumulto”. Não há nenhum estímulo à agressão verbal ou física, contudo a reportagem chama a ação pacífica de “formação de milícia”. O interessante é que essa mesma revista, em outra edição, quando se referiu à violência perpetrada pelos Black Blocs, qualificou apenas como uma “estratégia errada”. Há uma ardilosa discrepância no tratamento dos dois casos.
A matéria afirma que a expansão da igreja evangélica ocorrida no Brasil na última década foi obtida devido à relação que a “teologia da prosperidade” fez entre o progresso econômico e a bênção de Deus. É imprescindível salientar que a “teologia da prosperidade” tem sido ardorosamente impugnada pela maioria dos evangélicos. Se a pujança econômica alavanca a igreja, como explicar que o maior crescimento dos protestantes no mundo se dá exatamente onde eles são mais perseguidos, como na China, no Oriente Médio e na África?
O ápice do engodo é expresso na alegação de que a igreja presidida por Edir Macedo é a mais influente. Na realidade, ocorre o contrário: Edir Macedo é manifestamente a liderança mais criticada entre os evangélicos devido à sua ênfase nas bênçãos materiais. A sua igreja possui apenas 4% dos evangélicos. Para se ter uma ideia, a Assembleia de Deus é mais de seis vezes maior. Além disso, a Universal foi a única que reduziu o número de membros nos últimos anos. Não obstante o exposto, é justo enfatizar que a Igreja do Bispo Macedo realiza um profícuo trabalho de ressocialização de pessoas envolvidas com drogas e prostituição.
            No nosso país, um líder sindical diz que é válido pegar em armas; uma militante invade a manifestação de oposição e usa uma faca para rasgar o boneco alheio; um ministro de estado propõe uma disputa ideológica com pastores; os Black Blocs depredam, agridem e assassinam; e nada disso é considerado extremismo pela revista em comento. Contudo, para se referir aos evangélicos a mesma revista usa expressões como “extremismo”, “agenda agressiva” e “fúria”, sem citar um único caso de agressão física. Que a sociedade faça o devido julgamento. 

Artigo escrito por André Falcão Ferreira
publicado no Jornal O POVO de Fortaleza-CE, em 26/10/2015

sábado, 23 de abril de 2016

Evangélicos e Direitos Humanos



Na última quinta-feira, 26, foi divulgado no O POVO artigo na coluna do senhor Contardo Calligaris, com o título “Fundamentalista”, onde constam alegações bastante equivocadas em relação aos evangélicos. Na sua reflexão o autor discorre sobre o tema em trechos dos quais eu destaco dois: “Por que, então, há parlamentares evangélicos que querem fazer parte da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República?”. E conclui: “eles querem trabalhar nela para se opor à liberdade dos que pensam diferente”.
Ora, ao dirigir tal acusação aos políticos evangélicos o colunista comete um grave deslize. Primeiro porque indica que tais políticos o fazem simplesmente por serem evangélicos, o que põe todo o segmento social no mesmo bojo. Em segundo, porque, quando rechaça a participação de um evangélico neste tipo de órgão, o autor pratica exatamente aquilo que condena: discriminação e exclusão.
Tal raciocínio é uma generalização preconceituosa e desinformada. Os evangélicos, no Brasil e no mundo, fazem um trabalho incomensurável de acolhimento e assistência aos carentes e discriminados. A história do Protestantismo é marcada pela luta contra a opressão social e em favor dos direitos humanos. Basta citar o próprio Calvino; Lutero, grande defensor do estado laico; John Wesley, o avivalista, que lutou contra o trabalho infantil e o tráfico de escravos; e Martin Luther King, que era pastor Batista.
Asseverar que os deputados evangélicos querem “se opor à liberdade dos que pensam diferente” é totalmente descabido. As nações alicerçadas nos princípios da fé cristã protestante são as mais democráticas do mundo. Dentre elas, destaco os Estados Unidos, país que até recentemente tinha a maioria de protestantes, e é um dos lugares onde os homossexuais, por exemplo, têm mais liberdade. Segundo o cientista político Antônio Carlos de Almeida, um dos objetivos basilares da reforma protestante foi a expansão massiva da educação, sem discriminação, com o fito de difundir a Bíblia. Daí vem a escola pública. Para o cientista, esta cultura garantiu o avanço educacional dos países protestantes. Essa informação é corroborada pelo historiador Laurentino Gomes no livro “1808”.
Estas, portanto, são algumas das razões que legitimam a participação de evangélicos em órgãos de direitos humanos. Por último, o colunista sugere que os evangélicos têm os mesmos propósitos do fundamentalismo islâmico. Quero falar apenas em termos práticos, sem entrar nos méritos da fé muçulmana, que o radicalismo islâmico mata milhares de pessoas por ano. Já os evangélicos, ao contrário, são assassinados: segundo a ONU, 100 mil cristãos são mortos (boa parte evangélicos) por ano por causa da fé.



Artigo escrito por André Falcão Ferreira
publicado no Jornal O POVO de Fortaleza-CE, em 01/04/2015