sábado, 31 de dezembro de 2011

Ilustre presença

            
               Há lugares que são muito vislumbrados. Alguns objetos, mesmo que às vezes minúsculos, são cobiçadíssimos. Cargos e empregos, cada vez mais disputados. Mas, se tem uma coisa que é bastante concorrida, não pelo valor intrínseco em si, mas fruto de uma sociedade cada vez mais materialista, é a presença de algumas pessoas.
            O valor ou a importância de cada um geralmente é medido pelo que este possui, por ações realizadas, por cargos ocupados ou por títulos. As três categorias podem ser cumulativas. John Rockefeller, magnata do petróleo mundial, tornou-se importante ao fundar a maior companhia petrolífera do mundo e acumular uma enorme fortuna. Martin Luther King, Billy Graham e Paulo Freire obtiveram grande admiração pela luta contra o racismo norte-americano, pela difusão em massa do Evangelho e pela revolução na educação, respectivamente. Getúlio Vargas no exercício da presidência da República foi aclamado pelo povo. Já Einstein conquistou os títulos de doutor e Nobel formulando a teoria da relatividade e tornando-se o maior físico da história.
            A presença de pessoas como as mencionadas sempre é muito valorizada. E a proximidade delas é sinônimo de status. Na campanha eleitoral de 2010 ter a imagem associada à do então presidente Lula, que encerrou o mandato com cerca de 80% de aprovação, consistia na melhor estratégia de campanha. Sua presença era altamente solicitada nos palanques e seu apoio foi decisivo para eleição da atual presidente Dilma Rousseff.  
            Segundo o relato do padre Simão de Vasconcelos, escrito em 1658, já na primeira caravela que Pedro Álvares Cabral fez voltar a Portugal com a notícia do descobrimento do Brasil, foi enviado um nativo da nova terra como prova. Chegando ao velho continente, o índio foi recebido com alegria pelo reino e introduzido na presença do Rei. E quem pode ser mais nobre do que um rei?    
            Na sociedade moderna as pessoas mais relevantes são chamadas de VIPs – Very Important Person.  Certa vez os discípulos de Jesus “começaram a discutir entre eles a respeito de qual deles seria o mais importante”. O sábio mestre, contrariando os conceitos da sociedade, aproveitou para nos dar uma primorosa lição: “o mais humilde entre vocês é que é o mais importante”. E humildade não parece ser característica dominante entre as pessoas consideradas mais importantes.
            A “mãe dos filhos de Zebedeu”, no capítulo 20 do Evangelho de Mateus, pediu a Jesus que colocasse em seu reino os dois filhos dela assentados um à sua direita e outro à sua esquerda. Porém, foi o ladrão que estava sendo crucificado ao lado de Cristo que, após reconhecer a sua condição de pecador e divindade de Jesus, ouviu as palavras alentadoras: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”.
            No Antigo Testamento, a presença de Deus era restrita. O sacerdote entrava apenas uma vez por ano no “Santo dos santos”, local mais sagrado do Templo, para oferecer o sacrifício pelos seus pecados e pelos pecados do povo. Com o advento da Redenção por meio do sacrifício na cruz, a presença do Todo Poderoso passou a ser irrestrita e ilimitada. O véu que separava, no Templo, o local “Santo dos santos” dos demais foi rasgado simbolizando o fim da separação entre Deus e o homem. Agora temos o livre acesso àquele que é o mais importante sobre todos. Aquele que distingue o homem pelo seu interior e não pelo que está fora. Agora por meio de Jesus Cristo temos livre acesso a Deus que está acima de qualquer fortuna, título ou cargo. Que a presença de Deus seja a mais solicitada nas nossas vidas.
            Escrito por André Falcão e
            Publicado no Jornal O DIA de Teresina-PI em 30/12/2011

           e  Publicado no Jornal O POVO de Fortaleza-CE em 06/10/2013

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O encontro

            


            Há cerca de dois mil anos um homem cego estava na cidade de Jericó à beira do caminho mendigando. Uma cena muito comum naquela época e hoje não muito surpreendente. Sem dúvida aquele homem não imaginava que teria um encontro que mudaria a sua vida para sempre.
             Existem a todo o momento encontros nas nossas vidas. Alguns meramente casuais e rotineiros. Mas, alguns parecem providenciais. São aqueles que nos marcam de forma determinante, tanto positiva quanto negativamente.
            Em 1871 o famoso encontro do jornalista inglês Henry Morton Stanley com o grande missionário escocês David Livingstone na atual região da Tanzânia abriu as portas para a colonização de boa parte da África Meridional pelas coroas européias. Uma exploração sangrenta e desumana. Rumo bem diferente do pretendido pelo nobre missionário que durante a sua vida proporcionou o encontro de muitas pessoas com Cristo.
            Mediado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, o encontro do então primeiro-ministro israelense Isaac Rabin e do líder palestino Yasser Arafat nos Acordos de Paz de Oslo em 1993 significaram um trégua nos conflitos árabes-israelenses. Naquele mesmo ano o Pastor e Evangelista Internacional Josué Yrion foi à Rússia a convite de Boris Yeltsin como cortesia pela perseguição que o regime comunista impôs aos cristãos. Nessa ocasião o Pastor distribuiu cerca de 16.000 Bíblias e uma senhora muito emocionada ao receber a sua disse: “Faz 45 anos que Stalin tirou a única que eu tinha”.
             O retorno dos judeus para Israel após a sua declaração de independência em 1948 é para muitos teólogos cumprimento de profecias bíblicas. Os judeus reencontraram não só sua nação, mas a sua própria identidade que estava ameaçada de extinção. Hoje são novamente um povo forte e com um grande poder sobre o mundo.        
             Há todo momento alguém passa por nossas vidas, mas há pessoas que precisam encontrar-se consigo mesmo. Enquanto isso a natureza nos proporciona encontros ininterruptos como o das águas escuras do rio Poty com as barrentas do rio Parnaíba. É um lindo cartão postal e símbolo de nossa Teresina.
            Muito mais importante do que os encontros é o que acontece depois deles, ou seja, o que eles provocam. Os evangelhos sinóticos não descrevem a história exatamente da mesma forma, mas concordam em pelo menos três pontos principais: um homem cego teve um maravilhoso encontro com Jesus Cristo, foi curado e o seguiu. Muitas pessoas têm buscado a Cristo e até mesmo o encontrado, mas geralmente estão buscando as bênçãos, os milagres, as curas. E muitas vezes são atendidas em suas súplicas, mas logo esquecem daquele que os abençoou. Não sofrem uma mudança interior. Não querem segui-lo. Jesus certa vez disse: “se alguém quiser vir após mim, negue-se a sim mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”. Aqui está o principal. Aquele cego de Jericó tomou a atitude mais importante da sua vida: o seguiu. Mais importante do que encontrar-se com Cristo e até mesmo do que receber seus milagres é segui-lo.

      Artigo escrito por André Falcão Ferreira
    e publicado no Jornal O Dia em 28/11/2011.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O preço de uma vida

           

                   Estava lendo sobre a construção da Usina Hidroelétrica de Belos Montes. A obra que custará bilhões enfrenta o grande desafio de prejudicar as vidas de milhares de pessoas com seus impactos socioambientais para beneficiar outras dezenas de milhões com o desenvolvimento econômico.
            A nossa Constituição Federal, no seu art. 5º, coloca a vida como direito inviolável. E no inciso XLVII proíbe a pena de morte, mas abre uma exceção: “salvo em caso de guerra declarada”. Dessa forma, fica clara a prioridade dada à proteção dos nossos compatriotas. Mas será que existem vidas mais importantes do que outras?
            No art. 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pelas Nações Unidas, é assegurado a todos o direito à vida. Mas, sem dúvida, a lógica humana admite o sacrifício de alguns, mesmo que muitos, em benefício da maioria. E esse pretexto tem sido usado por vários líderes destas nações para promoverem verdadeiros genocídios. Foi assim tanto em Hiroshima e Nagasaki como no Iraque.
            Verdadeiras fortunas são gastas no resgate de pessoas em perigo em todo o mundo. E muitas vezes várias vidas são arriscadas para salvar alguém que talvez nem esteja mais vivo. Na Líbia aconteceu o contrário: milhares se arriscaram para promover a morte de um. E conseguiram. As cenas da execução de Muamar Kadafi foram transmitidas para o mundo inteiro num espetáculo dantesco.
            Há poucos dias, na cidade onde trabalho, um jovem pediu um real a um senhor que passava. Ao receber a resposta negativa, desferiu três fulminantes golpes de faca naquele senhor que teve morte instantânea. Talvez mais banal e estúpido do que isso sejam os usuários de drogas, lícitas ou não, que constroem estatísticas como a do cigarro que, segundo a Organização Mundial de Saúde, mata uma pessoa a cada seis minutos. Semelhante são os suicídios, que crescem de forma alarmante e nos fazem empreender esforços na tentativa de encontrar sentido para nossa própria existência e não incorrermos no mesmo erro.
A vida não é apenas um direito individual. É um bem da sociedade. Cada vez que uma é tirada não é apenas o direito daquela pessoa que está sendo vilipendiado, mas de toda a sociedade. Por isso o esforço às vezes aparentemente inútil para salvar um só. Por isso valem à pena as manifestações contra um dos atos mais covardes que existem, o aborto. Por isso os protestos contra a impunidade no caso da estudante que foi cruelmente arremessada de um prédio em Teresina. Protestos que, entretanto, contrastam com a nossa omissão diante dos inúmeros sequestros, assassinatos e estupros que ocorrem diariamente, inclusive com crianças. Quando a vítima é um pobre a indignação parece ser menor. Na verdade, estamos cada vez mais perdendo a noção do valor da vida. Estamos nos acostumando com a crueldade humana e banalização da morte. Quem deve morrer primeiro? Existem vidas mais importantes?
Contrariando a lógica humana, Jesus Cristo, diante da necessidade de salvar toda a humanidade, não sacrificou ninguém. Antes, entregou a si mesmo. Uma atitude singular, já que não é tão surpreendente alguém se dar por um inocente ou um justo. Ele, porém, se entregou até mesmo pelos mais vis pecadores. Isto sim é um exemplo de valorização da vida. Com certeza o maior de todos: não colocar a sua própria vida em primeiro lugar, mas a de outrem.


Artigo escrito por André Falcão Ferreira

Publicado no Jornal O DIA em 31/10/2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jesus: antes e depois dos trinta


         

              Para a maioria dos estudiosos, Jesus nasceu no período entre 6 e 4 a.C já que o Evangelho de Mateus diz que foi no tempo de Herodes, o Grande (4 a.C), e o de Lucas menciona como sendo no período do primeiro censo que o império romano promoveu, em 6 a.C. Mas há divergências teológicas e históricas acerca do período da adolescência e juventude de Cristo.
            Existem algumas teorias sem muito fundamento que dizem ter Jesus ido à Índia e Egito onde teria estudado. Poucos trechos dos evangelhos fornecem informações sobre esse período. Um deles é Lucas 2.42-51 onde aos 12 anos, após ir à celebração da Páscoa judaica com seus pais em Jerusalém, Jesus foi achado no Templo no meio dos doutores ouvindo-os e interrogando-os e admiravam-se da sua inteligência e de suas respostas. Outros estão em Marcos 6.3 e Mateus 13.55, onde Ele é chamado tekton, palavra grega normalmente traduzida por carpinteiro (embora alguns traduzam como pedreiro).
            A despeito de todas as especulações e teorias a respeito da infância, adolescência e juventude de Jesus, o que a maioria dos teólogos respeitáveis defende é que Ele teve uma vida como a de qualquer judeu da época. Até por que era propósito de Deus que Seu Filho amado tivesse uma vida simples e humilde, porém descente e digna, trabalhando pelo sustento de sua família, como profetizou Isaías no cap. 53.
            Entretanto, muito maior relevância tem o ministério de Jesus que começou quando tinha cerca de 30 anos. Em Lucas 4.17-19, ao entrar numa sinagoga, Ele lê o livro de Isaías e declara o seu ministério profetizado pelo próprio profeta muito anos antes, a saber: “Evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração, pregar liberdade aos cativos, restaurar vista aos cegos, por em liberdade os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor”. Isto fala de cura e liberdade, principalmente em relação ao pecado. Da mesma forma Mateus 4.23 diz que “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Esta era sua ocupação.
            Certa vez, questionado pelos discípulos de João Batista, que do cárcere os mandou perguntar se Ele era o Cristo que haveria de vir, Jesus respondeu: “Anunciais a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados e aos pobres é anunciado o evangelho”. (Mt 11.4-6). João encerra os evangelhos com um versículo que expressa muito bem a grandiosa obra de Jesus: “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez; e, se todas fossem escritas, nem o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem”.
            Mas de tudo que Jesus fez, o mais importante foi nos trazer a salvação. “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida”. (Jo 3.16)  Oferecer vida eterna e uma nova vida aqui mesmo neste mundo: “eu vim para que tenham vida e vida com abundância”. (Jo 10.10). E nos dar livre acesso a Deus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Jo 14.6)

            Por André Falcão Ferreira

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A verdadeira independência




            Segundo a História do Brasil, em 07 de setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro de Alcântara bradou às margens do rio Ipiranga: “Independência ou morte”. Esta frase foi imortalizada e a data entrou para o calendário como dia oficial da Independência do país, até então colônia do Reino de Portugal.
            Este era o caminho mais natural dada a conjuntura política e social do momento. Mais natural ainda se considerarmos que todos os povos e o próprio ser humano, particularmente, desejam independência. Não obstante a isso, é assustadora a condição de dependência que tantos se encontram de vícios dos mais variados e que muitas vezes estão ocultos aos olhos dos demais.
O Brasil já não padece submisso ao poder político e econômico das grandes potências mundiais e ocupa a posição de maior economia da América Latina. Entretanto, é cada vez maior o poder das drogas, bebidas alcoólicas, violência, depressão, pornografia, prostituição, pedofilia e tantas outras mazelas dentre as quais a corrupção parece ser a pior, sobre os cidadãos desta pátria.
“Aquele que é vencido se torna escravo do vencedor”. Esta afirmação da segunda epístola de Pedro tem aplicação cotidiana e atual. O crescimento econômico e a saída de milhões de brasileiros da miséria com o aumento da classe média são dignos de reconhecimento. Isto, porém, tem sido acompanhado da inversão de valores, perda dos princípios éticos, desvalorização da família e imersão na promiscuidade. Só o fato de que o número de obesos aumenta a cada ano de uma forma alarmante mostra o descontrole da sociedade em relação a hábitos simples como a alimentação e escravidão a que tantos estão submetidos. 
A insistência do homem em não assumir compromissos é expressa no aumento do número de abortos, divórcios, doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo na violência e ao burlar leis. Não há como uma sociedade ser vitoriosa sem comprometimento. O desleixo e a promiscuidade fizeram impérios ruírem.
Atualmente, o pior inimigo do Brasil é o próprio Brasil. Escolhemos decidir por nós mesmo e não podemos mais culpar o passado ou os de fora. Já declaramos a independência política e econômica. Entretanto, devemos ser livres das nossas próprias más condutas
Por trás disto, está a força avassaladora do pecado. Jesus certa vez disse que veio para que tenhamos vida e vida em abundância. Sua proposta é nos fazer livres primeiro interiormente, pois o homem não foi feito para ser dominado. A única forma de o homem ser totalmente independente é depender totalmente de Deus.
                           
Artigo escrito por André Falcão Ferreira
e Publicado no Jornal O DIA em 08/09/2011                            

terça-feira, 26 de julho de 2011

A melhor Marcha


             Parece quase extemporâneo o assunto, já que as duas maiores marchas que temos no país ocorreram há cerca de um mês e muitos artigos sobre o tema já foram publicados. Mas, devido às polêmicas sobre as mesmas e sobre a inusitada e controversa decisão do STF de liberar a famigerada marcha da maconha, o tema ainda é digno das nossas letras e do caro tempo na mídia.
            Como já demonstrei neste espaço deste nobre jornal sou a favor das liberdades e dos direitos. Mas, também prezo muito pela justiça, respeito, bom senso, moral e ética. Por isso sou contra liberdades e direitos extremistas principalmente por que liberdade de mais para uns significa liberdade de menos para outros e o “meu direito termina onde começa o de outrem”. E com respeito às marchas e passeatas das mais diversas categorias e reivindicações, defendo que a Marcha para Jesus é a mais abrangente e benéfica a todos. Não quero ousar dizer que as outras são egoístas, mas no mínimo individualistas na medida de que buscam seus próprios interesses, embora isto seja justo.
            A Marcha para Jesus não é em defesa dos protestantes, de uma religião ou de uma denominação eclesiástica. É um chamado, uma reivindicação para que a sociedade olhe, busque conhecer e disponha o coração a Jesus. Não busca interesses de uma categoria ou grupo, mas o bem de todos, o amor, o perdão e a salvação do homem, pois esta é a mensagem, vida e obra de Cristo. Supera até mesmo a Caminha da Fraternidade promovida pela Igreja Católica, pois esta tem ênfase maior na ajuda aos mais necessitados. Mas, aquela vem oferecer algo especial para todos.
             A referida marcha visa promover o nome que não é uma alternativa, mas a solução para os problemas deste mundo inserido num caos criado pelas atitudes humanas. Basta citar a atual crise européia nos países considerados símbolos de conhecimento e prosperidade e que agora sucumbem devido à irresponsabilidade fiscal e no orçamento público. Erros que qualquer camelô poderia ensiná-los a não cometer.
            Certa vez Barack Obama ao discursar em uma Igreja Evangélica afirmou, entre outras tolices, que o Sermão do Monte é tão radical que o Departamento de Defesa dos EUA não sobreviveria à sua aplicação. Ele infelizmente não consegue entender que se a nação dele se dispusesse a viver as Palavras de Cristo não precisariam de um Departamento de Defesa. Isto pouparia os bilhões de dólares que eles gastam em guerras e este deixaria de parecer um Departamento de Ataque. A escolha de Obama e seus antecessores pelas armas não têm conseguido oferecer a paz e a segurança que tanto buscam.
            O Doutor em teologia Josué Yrion, brasileiro e atualmente Pastor nos Estados Unidos, foi convidado para pregar no Congresso Nacional de Pastores do Chile em 1996 chegando a receber dos senadores e do presidente a medalha do congresso e uma placa de prata de visita ilustre da nação. Durante a ministração no estádio ele pede ao cinegrafista que filme o nome Jesus num letreiro e declara: “Não me filme. Filme a esse nome que é a solução para o Chile”.
Que haja mais caminhadas, passeatas e panfletagens pelo nome de Jesus. Se todos vivessem o que Ele ensinou não precisaríamos de tantos protestos e reivindicações. Proclamar Jesus Cristo não é defender causa própria, é defender o melhor para todos.
           
                                                Artigo escrito por André Falcão Ferreira
                                              e publicado no Jornal O Dia em 24 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que Jesus escreveu na areia?



            A Bíblia relata que certa vez os escribas e fariseus levaram até Jesus uma mulher apanhada no próprio ato de adultério. Queriam eles testá-lo e o fizeram quando lhe perguntaram qual seria sua sentença, já que a lei de Moisés, para o caso, ordenava o apedrejamento. “Mas Jesus inclinando-se escrevia com o dedo na terra”. (Jo 8.6)
            Talvez estivesse desenhando a cruz que carregaria por amor à humanidade. Quem sabe escrevia um salmo de adoração a Deus. Ou talvez escrevendo a própria sentença que viria a proferir: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8.7). Sentença de liberdade, devo acrescentar, já que seus acusadores saíram um a um.
            Não há nenhuma linha da Palavra de Deus que tenha sido escrito por Deus Pai ou por Jesus. Apenas os 10 mandamentos cravados nas tábuas pelo próprio Jeová. Ainda assim, estes passaram das tábuas para a Bíblia pelas mãos do homem. Apesar disso, o próprio Jesus fez questão de testificar do Evangelho e ordenar que ele fosse pregado. Em Mt 26, uma mulher aproximou-se de Jesus “com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa”.  E Ele, aprovando a atitude da mulher, disse: “em toda parte onde for pregado este Evangelho pelo mundo inteiro, será contado em sua memória o que ela fez”.  A grande comissão em Mc 16.15 é clara e imperativa: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” 
             Combinado à pregação do Evangelho e para que este produza frutos, Jesus aconselha ouvi-lo e praticá-lo: Aquele que ouve as minhas palavras e as pratica é semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada sobre a rocha”. São dois verbos simples, mas fundamentais. Não podemos escolher apenas um. Da mesma forma que não podemos seguir apenas uma parte das palavras do Divino Mestre. Num país onde a maioria se diz cristão como o nosso, se perguntarmos: quem ama Jesus? Todos levantarão a mãos. Entretanto, se perguntarmos: quem procura conhecer cada dia mais as suas palavras? Apenas poucos levantarão. E quem as pratica? Menos ainda, já que muitos sequer as conhecem bem. O próprio Mestre afirmou: “Se guardardes os meu mandamentos, sereis constantes no meu amor” (Jo 15.10). E “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando” (Jo 15.14).
            Há ainda a parábola do semeador em Mateus 13 onde as sementes foram lançadas em vários solos inclusive no meio do caminho. Mas só deram bons frutos quando foram lançadas em boa e frutífera terra chegando a darem cento por um. As sementes são as palavras de Jesus e a terra somos nós. E a produção de frutos depende da terra. A última situação é aquela que todos devemos representar: a boa terra que produz bons e muitos frutos. A única forma de ser essa boa terra é ouvindo e praticando a Divina Palavra.
            O que Jesus escreveu na areia naquela ocasião não é muito importante e com certeza o vento e os pés que ali passaram apagaram. Quando formos morar com Ele saberemos. Mas, para que possamos ir morar com Ele é imprescindível pregar, ouvir e principalmente praticar as Suas palavras. Não podemos dizer que amamos a Jesus se não damos ouvidos a Ele e muito menos se não O obedecemos. Antes, devemos escrevê-las, não em areia, mas no nosso coração como o salmista diz: “Escondi a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” (Sl 119.11)

                                                                         
                                                                        Por André Falcão Ferreira




terça-feira, 31 de maio de 2011

A Gravidade e o Pecado




             Existem duas forças que nos prendem aqui na Terra. Uma é física e natural: a gravidade. Esta é uma força de atração que os corpos exercem sobre os outros. Existe entre todos os corpos com massa no Universo. Ela é responsável por prender objetos à superfície de planetas. Por isso, a força gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos no ar. A aceleração da gravidade no nosso planeta é de aproximadamente 9,80m/s2.
            A outra é espiritual: o pecado. Este foi introduzido no mundo por Adão no paraíso. Desde então, o ser humano tem sofrido forte atração pelo pecado. Esta “força” mantém o homem preso à terra e o impede de chegar até ao céu, onde está Deus: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" Rm 3.23. O pecado também atraiu a Satanás (orgulho e inveja) e a terça parte dos anjos que juntos foram lançados abaixo como numa queda em direção à terra. (Ap 12. 3-4; Jd 1.6; Ez 28.1-19).
            Segundo a história, o físico Isaac Newton teria descoberto a gravidade ao cair uma maça sobre sua cabeça quando descansava sob a sombra de uma macieira. E segundo a Bíblia, o homem descobriu o pecado quando provou do fruto proibido no Jardim do Éden.   
            Da primeira força, a gravidade, não podemos nos livrar. Mas da segunda, o pecado, podemos ser livres. A Bíblia diz que somos tentados, mas que podemos resistir às tentações. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. I Co 10:13. Entretanto, sendo o pecado algo espiritual, temos que resistir espiritualmente. É necessário algo mais forte do que o pecado para que possamos vencê-lo.
            Para isso Jesus Cristo veio ao mundo e morreu na cruz por nós. Para nos livrar do peso dos nossos próprios pecados. O homem sozinho não pode se salvar: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef 2.8-9. Pois todos nós apesar de lutarmos contra o pecado acabamos pecando. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho". Isaías 53:6. Mas Jesus Cristo nos dá vitória sobre este mal: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". João 1:29. "Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou (Jesus Cristo), para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo". Hebreus 9:26.
            Para que essa vitória se consume em nossas vidas devemos crer em Jesus Cristo e mais: entregar nossas vidas a Ele vivendo segundo a Sua Palavra. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação". Hebreus 2:3. "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa". Atos 16:31.


Por André Falcão Ferreira

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Testando

Olá, estou tentando criar este blog pela Graça do Senhor Jesus, para abençoar e ser abençoado!!!